Ou NEOCLASSICISMO – Século XVIII
* Reação contrária ao estilo Barroco; * Retomada de alguns valores e características do Classicismo.
* Transição do Séc. XVIII para o XIX; * Iluminismo ou Luzes; * Contestação ao absolutismo, à monarquia e à nobreza; * No Brasil, Ciclo de Ouro em Minas Gerais; Inconfidência Mineira.
Morada do deus Pan
* Região tida como privilegiada, associada à ideia de vida perfeita; * Natureza como ambiente paradisíaco; * Inspiração artística como forma de celebração da vida; * Vida simples, destituída de luxos e ambições, oferecendo paz ao espírito do homem. *
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Eu quero uma casa no campo Onde eu possa compor muitos rocks rurais E tenha somente a certeza dos amigos do peito e nada mais Eu quero uma casa no campo Onde eu possa ficar no tamanho da paz E tenha somente a certeza dos limites do corpo e nada mais Eu quero carneiros e cabras pastando solenes No meu jardim
* No Barroco, os poetas se reuniam em academias, a criação literária era elaborada para demonstrar rebuscamento, algo inatingível por pessoas comuns. * As arcádias literárias combatem esse pensamento acolhendo membros da nobreza e da burguesia, na busca de um ambiente inovador e acolhedor, de igualdade.
* Inutilia Truncat (cortar o inútil): eliminar o exagero de figuras da linguagem barroca; * Carpe Diem (aproveite o dia): gozar os prazeres da vida aqui e agora; * Aurea Mediocritas (a mediania é de ouro): valorização do equilíbrio, da sensatez; * Fugere Urbem (fugir da cidade): a cidade é vista como lugar da corrupção dos homens; * Locus Amoenus (lugar aprazível): viver em alegria e harmonia com a natureza.
* Bucolismo e Pastoralismo; * Fingimento poético; * Paganismo; * Uso de pseudônimos, normalmente nomes de pastores gregos; * Imitação dos modelos clássicos: soneto, ode, elegia; * Linguagem simples.
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* 1756: fundação da Arcádia Lusitana, por Antônio Diniz da Cruz e Silva, segundo o modelo da Academia da Arcádia, criada na Itália, em 1690. * 1825: publicação do poema “Camões”, de Almeida Garrett, marco inicial do Romantismo.
* Em 1759, Marquês de Pombal, ministro e representante do despotismo esclarecido, expulsa os jesuítas dos domínios portugueses, acelerando a marginalização do clero na vida lusitana e estabelecendo o fim da influência e do ensino jesuítico. *
* 1768: publicação de Obras Poéticas , de Cláudio Manuel da Costa, que também funda a Arcádia Ultramarina. * 1836: publicação do livro Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães, dando início ao Romantismo no Brasil.
* Produção literária relacionada ao contexto político. * Crise da sociedade colonial, culminando na Inconfidência Mineira. * Autores como Cláudio Manuel da Costa e Alvarenga Peixoto envolvidos em questões políticas, o que é revelado, direta ou indiretamente, em seus versos.
* Influenciado pelo estilo clássico de Camões, cultivou o soneto e a reverência à mulher amada, comparando seu aspecto físico à perfeição da natureza; * Retratou a natureza local; * Apresenta resquícios barrocos na erudição de sua linguagem; * Sonetos e poesia épica.
Eu ponho esta sanfona, tu, Palemo, Porás a ovelha branca, e o cajado; E ambos ao som da flauta magoado Podemos competir de extremo a extremo]. Principia, pastor; que eu te não temo; Inda que sejas tão avantajado No cântico amebeu: para louvado Escolhamos embora o velho Alcemo. Que esperas? Toma a flauta, principia; Eu quero acompanhar te; os horizontes Já se enchem de prazer, e de alegria: Parece, que estes prados, e estas fontes Já sabem, que é o assunto da porfia Nise, a melhor pastora destes montes
Vila Rica Canto VI Levados de fervor, que o peito encerra Vês os Paulistas, animosa gente, Que ao Rei procuram do metal luzente Co'as próprias mãos enriquecer o erário. Arzão é este, é Este, o temerário, Que da Casca os sertões tentou primeiro: Vê qual despreza o nobre aventureiro, Os laços e as traições, que lhe prepara Do cruento gentio a fome avara.
* Nasceu em Portugal e veio criança para o Brasil. * Preso como inconfidente e deportado para Moçambique. * Escreveu a obra mais popular do Arcadismo brasileiro, Marília de Dirceu.
* Parte I: sob normas do Arcadismo. * Parte II: escrita na prisão, contém um pessimismo e um transbordar de sofrimentos que já antecipa tendências românticas. * Parte III: Não há referências a Marília nela toda.
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, Que viva de guardar alheio gado; De tosco trato, d’expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado. Tenho próprio casal*, e nele assisto; Dá-me vinho, fruta, legume, azeite; Das brancas ovelhinhas tiro o leite, E mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela, Graças à minha Estrela!
Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro, Fui honrado Pastor da tua aldeia; Vestia finas lãs, e tinha sempre A minha choça* do preciso cheia. Tiraram-me o casal, e o manso gado, Nem tenho, a que me encoste, um só cajado
* Poema satírico. * Nome do autor era omitido, pois satirizava a conduta administrativa e moral do governador de Vila Rica (MG), Luís da Cunha Meneses. * A obra toda é um disfarce.
* Fanfarrão Minésio Governador Luís da Cunha * Chilenas equivale a mineiras * Santiago Vila Rica * Critilo (Tomás Antônio Gonzaga) autor das cartas * Doroteu (Cláudio Manuel da Costa) destinatário das cartas.
* Estudou em colégio jesuíta, formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. * Envolveu-se com a Inconfidência Mineira, foi condenado à morte, mas teve a pena alterada para o degredo em Angola, onde veio a falecer. * Sua lírica apresenta características pré- românticas. * Escreveu também poesia laudatória (encomiástica)
Eu vi a linda Jônia e, namorado, Fiz logo voto eterno de querê-la; Mas vi depois a Nise, e é tão bela Que merece igualmente o meu cuidado. A qual escolherei, se, neste estado, Eu não sei distinguir esta daquela? Se Nise agora vir, morro por ela, Se Jônia vir aqui, vivo abrasado. Mas, ah! Que esta me despreza, amante, Pois sabe que estou preso em outros braços E aquela não me quer, por inconstante. Vem, Cupido, soltar-me destes laços: Ou faze destes dois um só semblante, Ou divide meu peito em dois pedaços!
* Nasceu em MG, foi ainda criança para Portugal, onde estudou teologia e filosofia. * Tornou-se frei aos 16 anos. * Obra: Caramuru (poema épico) * Faleceu em Lisboa.
* Nasceu em MG e morreu em Lisboa. * Foi o primeiro, no Brasil, a tratar com simpatia o índio, no poema épico O Uruguai , escrito no estilo do classicismo camoniano. * Considerado pré-Romântico. * Obras: O Uruguai e Quitúbia.
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